sábado, 16 de janeiro de 2010

A força da explosão batia em odio num peito velho e cansado da vida. odio que preenchia cada mero cubico do quartinho alugado no fundo do quintal de uma familia prolematica, como todas.
as paredes com tinta mais descascada que amarelada mal continha as pulsações de odio do velho corção que se alimentara dele ja por tantos anos.
de bar em bar, ponto de drogas e assistencias sociais ele percorreu os ultimos quinze anos. ja esquecera seu nome, profissão, familia, amigos, historia e até o por que de tanto odio que o consumia, e isso o enfurecia ainda mais. Tentava afogar a furia em vinho, rum, cocaina, crack, cerveja, vodka, perfume, heroina, maconha, prostitutas, brigas, vadiagem, anarquismo e mendigagem, mas não sabia por que.
mas ainda assim sabia que não era exatamente esse homem que via tudo em tos de vermelho-ira. Que vivia em constante medo e agonia, que jamais cultivara sentimentos por nada e desconfiava de todos.
Era mais que um alcoolatra mendigo, mas jamais conseguiria voltar a ser um homem de verdade. isso lhe havia sido roubado ha muito, ou morto por ele mesmo. ou pelo mundo todo a volta dele.

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